Com o avanço da tecnologia estamos assistindo à evolução da medicina e agora em especial da telemedicina tão aclamada por todos os gestores da saúde há muito tempo. Infelizmente tomou corpo numa pandemia, através da concessão  pelo Governo Federal, com fundamento no art. 3º da Lei 13.979/20, editou a Portaria nº 467, de 20.3.20, publicada no DOU em 23.3.20, do Ministério da Saúde, que autorizou a prática de prestação de serviços de qualidade à distância da Telemedicina, tanto no âmbito público como privado.

A telemedicina não é novidade no resto do mundo, a evidenciar a experimentação e a aprovação desse modo de prestação de serviços de saúde à população. Surge de um importante suporte para a medicina tradicional, juntamente com à evolução do conhecimento científico e ao aprimoramento dos recursos tecnológicos, levando a locais distantes o apoio de profissionais qualificados, de forma rápida, descomplicada e eficiente. Ela pode, ainda, monitorar as condições de saúde do indivíduo de forma remota e intervir quando detectar que algo está errado, antes de ser muito tarde.

A telemedicina tem o grande potencial de melhorar o atendimento em saúde no país, pois facilita os processos ao colocar um maior número de pessoas em contato com a saúde de forma on-line e bem estruturada, conectadas a profissionais capacitados para esse tipo de assistência.

Ao contrário dos que muitos pensam, a telemedicina não é uma inimiga da medicina tradicional, já que vem, na verdade, para aprimorá-la, e não a substitui-la, afinal, ela representa um avanço tecnológico na área médica e de saúde, a qual continua dependendo do lado humano.

TELEMEDICINA NO BRASIL

A telemedicina traz benefícios aos pacientes e aos médicos que a exercem. No caso dos Estados Unidos, que pratica a saúde à distância há cerca de 30 anos, pesquisas apontam que, no ano passado, foram realizadas consultas virtuais por 22 milhões de pessoas no país. A telemedicina está atrasada no Brasil, em comparação com outros locais do mundo. Infelizmente, ela foi impulsionada aqui por conta da Covid, que pressionou para que tudo começasse a evoluir digitalmente na área médica e de saúde.

Havia um preconceito cultural do médico e do paciente usarem a telemedicina, até que fomos todos obrigados a usufruir dos serviços digitais tanto para pedir refeições por aplicativo ou compras em supermercados remotamente, fazer reuniões de trabalho e família por videoconferência e realizar as consultas online, e a partir de então, as pessoas puderam notar que se trata de um serviço muito positivo, conheceram seus benefícios e superaram o preconceito da forma de assistência médica virtual.

Um artigo publicado pela PWC da Espanha aborda a transformação da telemedicina e seu suporte durante a pandemia. De acordo com o texto, por necessidade, houve uma mudança nas atitudes dos consumidores e provedores de saúde em relação às formas de assistência médica virtual. No entanto, esse cuidado foi considerado mais do que adequado: o paciente está satisfeito e o serviço é mais barato. O material apresenta, ainda, a telemedicina como sendo uma possibilidade de mudança e melhoria para o sistema de saúde.

A resistência à mudança pela equipe médica também tem sido um obstáculo difícil de superar. Os médicos às vezes não são tecnologicamente avançados, nem se sentem à vontade com uma abordagem “não intervencionista” que parece contrária à sua preparação para o atendimento presencial ao paciente.

O atendimento médico presencial é, sem dúvida, uma prática enraizada na sociedade. No entanto, essa pandemia de coronavírus não tem precedentes e mudará nossa mentalidade de mil maneiras, também em relação às nossas expectativas sobre cuidados de saúde. Acreditamos que a telemedicina tem um papel importante a desempenhar no futuro da assistência médica: significa fazer com que o atendimento certo aconteça, no lugar certo, no momento certo”, menciona o texto.

Por volta das 5500 cidades brasileiras, em torno de 2100 não tem médicos. Os médicos especialistas estão quase que 80% localizados nas regiões sul e sudeste. Com a saúde virtual, podemos chegar às regiões remotas e prestar assistência aos pacientes a qualquer momento do dia. Com isso, as plataformas digitais poderão realizar mais atendimentos, além de ir aprimorando e se adaptando com melhorias a realidade brasileira, tanto para a população quando para o médico.

BENEFÍCIOS DA TELEMEDICINA

Os benefícios gerados pela área são infindáveis, citamos aqui alguns dos principais:

  • Aproximação do médico com o paciente, garantindo acolhimento à saúde onde e quando for necessário;
  • Atendimento a distância às comunidades que precisam, mas não tem acesso ao médico;
  • Acessibilidade a uma grande parte da população;
  • Maior agilidade nos atendimentos, devido à sistematização do processo por meio de softwares de saúde online;
  • Segurança estrutural e sigilo de dados, conforme normas internacionais;
  • Ampliação da agenda clínica dos especialistas;
  • Envio de exames para laudo 24 horas por dia com resposta ágil e atendimento nacional;
  • Maior especialização no diagnóstico de laudos;
  • Redução do tempo de atendimento e dos custos operacionais.

Por outro lado, não podemos deixar de ressaltar do ponto de vista de gestão a saúde, onde a telemedicina trabalha a eficiência econômica, pois tem baixo custo e alta produtividade. Baixo custo porque o médico só precisa de computador e internet para realizar a consulta, possibilitando o atendimento estar à disposição de pacientes de qualquer lugar do país, e a produtividade porque é possível realizar mais atendimentos médicos a partir de plataformas digitais repletas de recursos que facilitam a comunicação em tempo real.

A saúde on-line vai ter o ambiente dela e seus objetivos irão ficar cada vez melhores definidos. A telemedicina veio para ficar e vai ser cada vez mais aprimorada. Em um país continental e pobre como o nosso, em que não temos acesso a todas as pessoas, a telemedicina é no mínimo necessário.

Fonte:

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